sexta-feira, 28 de maio de 2010

NO GALINHEIRO

Aconteceu numa cidadezinha do interior de Minas Gerais.
A moça não queria se casar de jeito nenhum. Queria mais é aproveitar a vida, exercendo sua condição de mulher livre e resolvida sexualmente, mas um apaixonado cruzou o seu caminho e adeus liberdade. Tudo culpa da mãe também, que praticamente a empurrou para o altar.
No dia do casamento, na hora de ir para a igreja, ela estava mesmo arrependida de ter dito e sim e fugiu chorando, arrastando aquele vestidão branco. Foi se esconder no galinheiro.
Uma prima invejosa, doida com o rapaz, torcia pras coisas darem errado. E quando a viu entrando no galinheiro, sentiu uma comichão de alegria. Viu ali a sua chance de agarrar o bom partido.
Correu também para o galinheiro, mas com a intenção de certificar-se de que a noiva estava mesmo escondida.
Chegando lá, viu a outra no meio das galinhas chocas, sentada perto de um ninho e segurando dois ovos. A prima invejosa teve certeza de que “daquele mato não saía coelho”, o que lhe deu mais alegria. Fingindo preocupação, chamou a atenção da outra:
- Prima, ocê incontra um home bão que qué te dá nome. Qué casá cocê e ocê foge pro galinheiro, prima? Ocê num tem jeito! Qué mesmo é ficá nessa vidinha com essa cambada de home. Num é atoa que vei escondê no galinheiro. Tem tudo a ver. Ocê qué mesmo é vortá às origis.

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