quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A PONTE

Sem que percebesse
Ergui uma ponta nos meus dias.
De um lado, sou o passado:
Bons momentos que afloram doces lembranças.
Do outro lado, o futuro.
Incerto?

O que me impede de atravessar a ponte?
De romper as barreiras que formam as prisões?
É o “meu” momento?

Olho para trás.
Estou nas amarras das lembranças.
E vejo aqui o meu presente.

Conto os dias...
Vislumbro o futuro que anseia em me envolver
Nos seus braços.

Onde estou, afinal?
Em qual extremidade da ponte depositei os meus anseios?

O meu momento:
(Como se cada minuto pudesse escapar de mim).
É a ânsia de contar os meus dias
Como se colecionasse pérolas.
É mirar o horizonte
E desejar que nuvens sejam mais efêmeras.
É não poder contar as estrelas.
Que escorrem infinitas em caudas pelo azul do céu.

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